Fui assistir, esse fim de semana, a peça 39 Degraus.
Sucesso nos palcos da Broadway e de West End, a adaptação brasileira do texto de John Buchan é um fiasco.
Não sei dizer se o fracasso da peça se deve ao original ou à adaptação, de um jeito ou de outro, a peça se apóia em piadas escrachadas e atuações histriônicas, como que em uma apresentação infantil.
O ator principal, Dan Stulbach surpreende ao encenar uma peça de tão baixo nível, mas surpreende mais ainda ao rebaixar sua atuação ao próprio nível da peça.
Com piadas que fazem referencia forçada a peça, como falas que remetem ao fato de que os atores coadjuvantes interpretam diversos personagens, o texto adaptado não se preocupa em um maior apuro qualitativo, legando todo seu pretenso sucesso à essas mesmas piadas fraquíssimas e, pior ainda, à uma fantástica montagem técnica e visual que tem todo seu mérito desperdiçado por uma trama que não se preocupa em dar respostas finais.
Como já disse, não sei se o problema da trama é com o texto original ou com o adaptado. Se tivesse que apostar, apostaria na segunda opção, uma vez que o texto já foi levado às telas por Hitchcock.
Ainda, quanto às montagens visuais, há um jogo de sombras belíssimo e por demais interessante, talvez, ainda, o único momento da peça em que eu tenha de fato me envolvido. Esse mesmo jogo de sombra, que faz clara referencia aos filmes do mestre, consegue criar um clima muito bacana e envolvente, talvez por ser o único momento em que se desvencilhe da necessidade dos atores esboçarem suas terríveis performances.
Acima de qualquer outra coisa, no entanto, o que mais revolta é o fato de que não há uma menor preocupação da peça em resolver os mistérios que levanta. Ao final é como se o espectador tivesse assistido à um circo sem qualquer sentido narrativo e dramático.
Circo esse de uma hora e quarenta minutos, acompanhados atentamente por olhos vidrados no relógio.
Sucesso nos palcos da Broadway e de West End, a adaptação brasileira do texto de John Buchan é um fiasco.
Não sei dizer se o fracasso da peça se deve ao original ou à adaptação, de um jeito ou de outro, a peça se apóia em piadas escrachadas e atuações histriônicas, como que em uma apresentação infantil.
O ator principal, Dan Stulbach surpreende ao encenar uma peça de tão baixo nível, mas surpreende mais ainda ao rebaixar sua atuação ao próprio nível da peça.
Com piadas que fazem referencia forçada a peça, como falas que remetem ao fato de que os atores coadjuvantes interpretam diversos personagens, o texto adaptado não se preocupa em um maior apuro qualitativo, legando todo seu pretenso sucesso à essas mesmas piadas fraquíssimas e, pior ainda, à uma fantástica montagem técnica e visual que tem todo seu mérito desperdiçado por uma trama que não se preocupa em dar respostas finais.
Como já disse, não sei se o problema da trama é com o texto original ou com o adaptado. Se tivesse que apostar, apostaria na segunda opção, uma vez que o texto já foi levado às telas por Hitchcock.
Ainda, quanto às montagens visuais, há um jogo de sombras belíssimo e por demais interessante, talvez, ainda, o único momento da peça em que eu tenha de fato me envolvido. Esse mesmo jogo de sombra, que faz clara referencia aos filmes do mestre, consegue criar um clima muito bacana e envolvente, talvez por ser o único momento em que se desvencilhe da necessidade dos atores esboçarem suas terríveis performances.
Acima de qualquer outra coisa, no entanto, o que mais revolta é o fato de que não há uma menor preocupação da peça em resolver os mistérios que levanta. Ao final é como se o espectador tivesse assistido à um circo sem qualquer sentido narrativo e dramático.
Circo esse de uma hora e quarenta minutos, acompanhados atentamente por olhos vidrados no relógio.
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